A escolha é sua: Como funciona o consentimento do usuário ao Open Finance
O Open Finance permite que usuários compartilhem seus dados financeiros com outras instituições que não as hospedeiras dele. Isso ocorre por meio do consentimento expresso deles, que relata que ele tem conhecimento desse compartilhamento dos dados, como também com o seu uso.
O consentimento digital está se tornando cada vez mais importante no campo das finanças abertas. À medida que os serviços financeiros continuam migrando para plataformas digitais, é essencial que os usuários entendam e concordem com a forma como seus dados pessoais estão sendo usados e compartilhados.
Mas como isso funciona na prática? Quais são os benefícios que os usuários podem ter através do compartilhamento de dados? E como esse compartilhamento pode apoiar na diminuição de fricções e burocracias para usuários e empresas?
Entenda tudo com este artigo.
O que é consentimento de dados no Open Finance
Falar de consentimento digital é referir-se ao processo de usuários que concordam explicitamente em compartilhar seus dados financeiros com provedores terceirizados. Esses dados podem incluir informações sobre suas contas bancárias, cartões de crédito, investimentos e outros ativos financeiros.
Sem consentimento explícito, provedores terceirizados não poderiam acessar os dados financeiros dos usuários, impossibilitando a criação de produtos e serviços financeiros inovadores que possam beneficiar os consumidores. Essa permissão geralmente é concedida por meio de um processo conhecido como "gerenciamento de consentimento".
O gerenciamento de consentimento envolve fornecer aos usuários informações claras e concisas sobre como seus dados serão usados, quem terá acesso a eles e por quanto tempo.
Todos esses requisitos estão explícitos na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), leia mais sobre em nosso artigo.
Os usuários devem fornecer seu consentimento clicando em um botão ou marcando uma caixa para indicar que entendem e concordam com esses termos.
Veja como isso acontece na prática através de nossa widget:
Depois que um usuário fornece seu consentimento, provedores terceirizados podem acessar os dados financeiros do usuário por meio de APIs. Isso lhes permite criar produtos e serviços financeiros inovadores que podem ajudar os consumidores a economizar dinheiro, administrar suas finanças com mais eficiência e acessar crédito e outros produtos financeiros.
Leia mais sobre os casos de uso possíveis aqui.
Quais são os benefícios do consentimento ao compartilhamento de dados
O consentimento digital é um componente crítico e obrigatório do Open Finance. Ao exigir que os usuários forneçam permissão explícita antes que seus dados financeiros sejam compartilhados com provedores terceirizados, ele garante que os usuários tenham controle sobre como seus dados são usados e compartilhados. Isso pode ajudar a evitar o acesso não autorizado, reduzir o risco de fraude ou roubo de identidade e dar aos usuários acesso a uma gama mais ampla de produtos e serviços financeiros.
Para usuários:
1- Acesso a uma gama mais ampla de produtos e serviços financeiros: o Open Finance permite que os usuários acessem uma variedade maior de produtos e serviços financeiros, o que pode ajudá-los a gerenciar melhor suas finanças. Um exemplo disso é o crédito, que fica mais acessível a pessoas com um score ruim ou que são afetados pela falta de histórico financeiro.
2- Aconselhamento financeiro mais personalizado: ao compartilhar seus dados financeiros com provedores terceirizados, como aplicações de gestão financeira pessoal, os usuários podem receber conselhos e recomendações financeiras mais personalizados.
3- Maior transparência: o Open Finance oferece aos usuários maior transparência e controle sobre como seus dados financeiros são usados e compartilhados.
4- Alfabetização financeira aprimorada: ele pode ajudar os usuários a entender melhor sua situação financeira e tomar decisões financeiras mais informadas.
5- Custos reduzidos: O Open Finance incentiva a competitividade do mercado financeiro, tornando produtos e serviços mais baratos e com taxas menores.
Para empresas:
1- Acesso a uma base maior de clientes: O Open Finance permite que as empresas alcancem mais clientes, especialmente aqueles que anteriormente eram mal atendidos ou excluídos dos serviços financeiros tradicionais.
2- Mais inovação: Ter um maior acesso a dados torna empresas mais inovadoras, pois provê a elas as informações necessárias para entender a fundo as dores e oportunidades de seus clientes, incentiva-as a desenvolver produtos e serviços financeiros novos e inovadores, o que pode ajudá-los a ficar à frente dos concorrentes.
3- Fidelização de clientes: ao fornecer aos clientes serviços e produtos financeiros mais personalizados, as empresas podem construir relacionamentos mais fortes com seus clientes e melhorar a fidelidade do cliente.
4- Economia de custos: são muitas as fontes de economia para empresas por meio do uso correto dos dados. Ele pode ajudar as empresas a reduzir os custos associados à aquisição de novos clientes e ao desenvolvimento de novos produtos e serviços financeiros. Além disso, o Open Finance pode apoiar empresas a desburocratizar processos e tornar equipes mais efetivas por meio dos dados. Um exemplo disso é tornar esteiras de crédito mais eficientes, evitando que funcionários tenham que gastar parte de seu dia checando documentações extensas, o que leva dinheiro e, consequentemente, tempo.
De acordo com Bruno Loiola, CGO da Pluggy:
Usuários podem ficar tranquilos quanto ao compartilhamento de dados, pois as empresas dedicadas aos serviços de compartilhamento desenvolvem um trabalho sério. Na Pluggy, estamos sempre evoluindo os serviços em conjunto com clientes e parceiros, moldando de acordo com as necessidades do mercado. Com base nos casos de uso, repassamos as demandas para os desenvolvedores, que fazem pesquisas aprofundadas sobre as viabilidades. Um exemplo interessante que a Pluggy acabou de desenvolver é a portabilidade de previdência, ao lado da Sinqia, desenvolvedora de softwares para o mercado financeiro: passamos a recuperar dados de previdência, como número SUSEP, CNPJ do fundo, a partir do momento em que passamos para a POC (proof of concept) do produto pensado. Tudo para tornar o processo de portabilidade menos burocrático e o mais simples para usuários.
